quinta-feira, 24 de setembro de 2020

2020 - Um olhar além da pandemia

Entre 1346 a 1353 a Europa é aterrorizada. Uma pandemia mata um terço da população do continente. As péssimas condições de higiene junto a falta de conhecimento médico e científicos, favoreceram a disseminação da doença entre as pessoas. Essa foi a pandemia do século 14, conhecida como Peste Negra.

Sete séculos depois, em uma quarta-feira 11 de março de 2020, a Organização mundial da Saúde (OMS) declara pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo Coronavírus.

Rapidamente a Europa é tomada por uma onda, de casos da doença e muita morte. No mundo os casos aumentam com velocidade.

Governos precisam tomar decisões difíceis e necessárias para conter a onda de contaminação e os números de mortos.

No momento em que faço esse texto, 22/09/2020, o total de casos de covid-19 no mundo passa de 31 milhões de infectados e quase um milhão de mortes.  No Brasil já são mais de 4 milhões de infectados e mais de 137 mil mortes. (Números atualizados AQUI)

Os números são assustadores. E fica a pergunta: porque não são menores? Não é difícil encontra várias respostas, mas o resumo de todas é a triste realidade que se mostrou explicita: A ciência não é valorizada.

Além disso, e agravando ainda mais a situação, Todas as pesquisas feitas apontam o que já é notório, que são as desigualdades sociais.

Os negros são os que têm maior risco de contrair e apresentar casos graves de covid-19.  As duas formas de evita o contágio são a higiene básica e o isolamento social (lavar as mãos com água e sabão e ficar em casa evitando aglomeração).

Mas como se isolar em favelas, como ficar em casa se não tem uma, como ficar em casa se existe apenas um cômodo, para 4 ou 5 pessoas. Como sobreviver em um local sem saneamento básico? Sem água?

Se formos observar as comunidades onde seus moradores são em sua totalidade negros, veremos que as condições para evitar o contágio não existe, não tem como existir.

Esse triste cenário colabora para o aumento de mortes pelo covid-19. Infelizmente a população afrodescendente, são fragilizados pela falta de higiene básica, alimentação e condições apropriadas de moradia.

É... 2020 não para por aí, a crise ambiental global se intensifica. Os recursos naturais da terra são devorados por grandes indústrias a fim de sustentar o consumo cada vez mais crescente do homem. Gerando um desequilíbrio ambiental que pode deixar dúvidas sobre a própria existência da humanidade.

Um futuro incerto se apresenta, um novo mundo. Com recursos naturais escassos onde uma minoria detentora das riquezas existentes sobrevivera insolados dos restantes. Que ficaram à mercê em um mundo destruído pela crise ambiental.

Esse futuro incerto pode tomar um caminho diferente, temos potencial para reverter os problemas ambientas. Podemos prevenir futuras pandemias. Só precisamos ouvir os especialistas, a sabedoria dos povos milenares a ciência.

Escolher representantes comprometidos, apoiar empresas responsáveis e tomar atitudes transformadoras. É obrigação nossa.

São tempos sombrios, mas temos esperanças vivas porque estamos presenciando a importância de profissionais de cada área, que se ariscam todos os dias para salva vidas. Universidades de todo mundo que se esforçam para fazer da melhor forma possível seu papel. Muitas estão envolvidas em pesquisas para criação de uma vacina. Outras estão trabalhando em ações contra a pandemia, a crise ambiental, a crise sanitária e o mais importante combatendo com todas as forças, a desinformação.

Referência:

PESTE Bubônica: 5 pontos para entender o que é a doença. [S. l.], 6 jul. 2020. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/07/peste-bubonica-5-pontos-para-entender-o-que-e-doenca.html. Acesso em: 20 set. 2020.

ORGANIZAÇÃO Mundial de Saúde declara pandemia do novo Coronavírus. [S. l.], 11 mar. 2020. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/noticia/organizacao-mundial-de-saude-declara-pandemia-de-coronavirus. Acesso em: 20 set. 2020.

SANEAMENTO Básico: Um Drama Brasileiro. [S. l.], 10 ago. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Csflt1q5y4g. Acesso em: 20 set. 2020.

HTTPS://PIXABAY.COM/. [S. l.s. n.], [21-?]. Fotos, Vídeos. Disponível em: https://pixabay.com/. Acesso em: 20 set. 2020.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

E se o Aquecimento Global for fruto de relações Espúria?

É notório que grande parte da população mundial acredita que nos seres humanos somos em uma grande medida responsáveis pelo aquecimento global. Mas, e se isso não for da forma que é colocado por grandes mídias, governos, instituições, empresas e ONGs ambientais. E na verdade o homem não provoca o aquecimento global e isso tudo é só uma grande mentira, ou na melhor das hipóteses, um grande equívoco.

É o que cientistas, economistas, políticos, professores e céticos defendem. Eles acreditam que a terra tem variações de temperaturas que são comuns, afirmando que a temperatura da terra já foi maior em tempos em que o homem não causava tanta poluição.

Um ponto a se destacar sobre os negacionistas é que eles não negam os impactos ambientais que o homem causa ao meio ambiente. Eles acreditam que o homem é responsável por muitos problemas ambientais, mas que esses impactos não são responsáveis pelo aquecimento global. Concluindo que o aquecimento é uma flutuação natural da terra.

Segundo um dos grandes negacionistas brasileiro o pesquisador e professor de geografia e meteorologista brasileiro da (USP) Ricardo Augusto Felício...

"[...] historicamente no planeta houve períodos cíclicos quentes e frios, e que hoje se vive em um período inter-glacial quente. Porém, ameno, pois, segundo alega, houve períodos em que a temperatura global chegou a 10º acima da média atual e não chegou a representar ameaça a humanidade. Ainda nesse raciocínio, afirma que no último século os anos mais quentes transcorreram nas décadas de 1930 e 1940, e no fim do século XX a temperatura ficou abaixo desses auges. Por fim, considera que hoje a Terra está a entrar em uma fase do ciclo climático em que as temperaturas médias serão mais baixas." ref. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Fel%C3%ADcio

O fato é que na visão dos negacionistas a publicidade que tem o tema do aquecimento global é exagerada e carregada de interesses obscuros.

Em vazamento de e-mails vazados em 19/11/2009 da CRU (Climate Research Unit) por hackers, gerou um escândalo que foi conhecido por “Climategate”, nesses e-mails vazados foi encontrada frase como: “E se eles descobrirem que a mudança climática é uma flutuação natural? Eles vão matar todos nós “. Mas o grande ponto nesse vazamento seria a confirmação de que o homem não é responsável pela mudança climática.

Dar para notar que ser um negacionista do aquecimento global não é uma tarefa fácil, levando em consideração os grandes números de pesquisas e artigos que afirmam de forma contundente a ação do homem nas mudanças climáticas e em consequência o aquecimento global. Mas é valido questionar toda essa campanha criada para culpar os ser humano pelos efeitos climáticos que sim, podem ser inevitáveis.

*Antes que pense que sou um negacionista, gostaria de esclarecer que essa foi uma atividade proposta em sala de aula. Onde foi criado 3 grupos:

Grupo 1: Ambientalistas: aqueles que advogam a favor do aquecimento global (crise ambiental + Antropoceno).

Grupo 2: Indecisos: um grupo disposto a ouvir, promover o debate analisando os argumentos dos grupos e 1 e 3 e formulando uma conclusão.

Grupo 3: Antagônicos do ambientalismo (negacionistas): aqueles que são céticos e colocam-se o aquecimento global.

Foi muito proveitoso se colocar numa posição contraria, o entendimento do tema se expandiu.

Referências:

ESPECIALISTA contesta aquecimento global: "Grande mentira do século XXI". Youtube: [s. n.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yNLgk5y9JCA. Acesso em: 9 set. 2020.

A GRANDE Farsa do Aquecimento Global / The Great Global Warming Swindle. Youtube: [s. n.], 2007. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4. Acesso em: 9 set. 2020.

RICARDO Felício. WikiPedia, Https://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Fel%C3%ADcio, p. 1, 14 ago. 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Fel%C3%ADcio. Acesso em: 9 set. 2020.

CLIMATEGATE scientists DID collude with government officials to hide research that didn?t fit their apocalyptic global warming. Dailymail, [S. l.], p. 1, 28 nov. 2011. Disponível em: https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2066240/Second-leak-climate-emails-Political-giants-weigh-bias-scientists-bowing-financial-pressure-sponsors.html. Acesso em: 9 set. 2020.

quinta-feira, 5 de março de 2020

A obscena diferença econômica entre ricos e pobres

Em 2017, 82% da riqueza mundial ficaram nas mãos do 1% mais rico  (fonte) 
Relatório da ONG britânica Oxfam de 2017 intitulado "Uma economia para os 99%", revela o que podemos chamar de obsceno, a diferença econômica de ricos e pobres no mundo. Diferença essa, que estar em constante aumento. Onde oito dos mais ricos do mundo entre eles Bill Gates criador da Microsoft e Mark Zuckerberg criador da rede social Facebook, tem a mesma riqueza que a metade mais pobre do planeta, ou seja, esses 8 mais ricos concentram juntos o mesmo patrimônio que os três bilhões e seiscentos milhões mais pobres do mundo.

O relatório além de mostrar esses dados, ele também traz ideias para solucionar o problema, uma delas é, governos mais responsáveis que criem mecanismos mais justos de tributações, e empresas mais sociais que valorizem o meio ambiente e os direitos humanos.

O relatório também aponta a incompatibilidade do crescimento econômico pelo impulsionamento do uso dos combustíveis fósseis que não prioriza as necessidades da maioria. Que gera poluição, contribuindo para as mudanças climáticas que afeta de forma mais severa os mais pobres do planeta.

Veja aqui mais dados sobre o Relatório da Oxfam

Baixe aqui o relatório completo da Oxfam "Uma economia para os 99%"

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

O antropoceno e a crise sistêmica

O impacto negativo causado pelo ser humano no ambiente em que vive, tem se agravado não pelo o aumento populacional, e sim por um modo de vida.
 Estima-se que a população global chegou a 7,7 bilhões, em abril de 2019. As Nações Unidas estimam que a população humana chegará até 11,2 bilhões em 2100. via WP
Para chegar a essa estimativa é considerado a taxa de fecundidade, que  consiste em um número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da vida.

Mas que impacto negativo esses números nos revelam?  Na verdade o numero crescente da população não é o problema, mas sim o modo de vida delas.

Para atender às necessidades dessa população, recursos são usados de forma avassaladora. Energia é requerida, água é perdida, florestas são destruídas.

Na tabela abaixo  podemos ter uma ideia do que esses números realmente mostram.


Essa tabela mostra países e regiões, população em milhões, pegada per capita, biocapacidade per capita e o superávit ou déficit. A pegada per capita é o tamanho em área que uma pessoa consome de recurso. A biocapacidade é o tamanho em área que uma pessoa ajuda. ( nas colunas 3 e 4 cada 1,00 da tabela equivale a 1 hectare)

O que é interessante nessa tabela é que, o problema não estar no numero da população e sim no modo de vida delas. Se observamos os países de baixa renda isso fica bem claro.

No site Pegada Ecológica é possível calcular sua pegada ecológica. Eu fiz a minha, veja abaixo o resultado.

pegada ecológica
Pegada Ecológica
É, não foi uma boa pontuação. recebi essa mensagem, "Se todas as pessoas tivessem o seu estilo de vida precisaríamos de: 1.42 terras."

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Globalização: pobrezas, desigualdades

Globalização pobrezas, desigualdades
Globalização pobrezas, desigualdades


Em 20/02/2020 na segunda aula do CC de Universidade e Contexto Planetário com o Prof. Joel Felipe tivemos um enriquecedor debate sobre o texto de BAUMANT, Z. A riqueza de poucos beneficia todos nós? Cap. 1. O quanto somos hoje desiguais? - 1ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p.14-28. Onde eu e meus colegas colocamos nossas opiniões acerca do que lemos sobre o esclarecedor entendimento de Baumant. 

Todo o embasamento do que Baumant nos dar a respeito da desigualdade foi suficiente para fomenta uma discussão construtiva em sala de aula.

E para um maior entendimento o Prof. Joel nos orientou de forma eficaz, através de gráficos e pesquisas nos tirando duvidas e trazendo ferramentas adicionais como um vídeo sobre a desigualdade no Brasil, onde mostra que;

Super-ricos no Brasil lideram concentração de renda global. Entre países democráticos, nenhum outro tem maior acúmulo de rendimentos no 1% do topo; privilégios, escravidão e patrimonialismo são vistos como causas da desigualdade recorde.
Durante a crise, concentração de renda aumentou e pobres perderam mais. 
Vídeo abaixo.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Universidade e o Contexto Planetário

Universidade e o Contexto Planetário

Em 13/02/2020 no CUNI da UFSB de Ilhéus, foi dado o inicio do CC Universidade e o Contexto Planetário, ministrado pelo docente Prof. Joel Felipe.

Nessa primeira aula o Prof. Joel Felipe deu uma introdução do CC, explicando o bloco temático da formação geral que são divididos da seguintes formas;